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Diálogos possíveis A mostra processual e itinerante Afetos roubados no tempo agrupa pequenos artefatos criados por 730 artistas e artesãos de vários países do mundo, dispostos em 365 pares. Essas peças, denominadas objetos-afeto, ecoam a diversidade de materiais e a pluralidade de conceitos relacionados com cada lugar de origem do autor e sua interação com o universo que o rodeia e o reconhece como indivíduo. Conseqüentemente, eles espelham a identidade de cada um dos autores. O projeto foi criado em fevereiro de 2005, durante minha estadia na África do Sul. Nessa oportunidade, realizamos oficinas com a artista e professora da UNISA Célia de Villiers, quando foram construídos os primeiros objetos-afeto. Quando retornei ao Brasil, as oficinas continuaram... Territórios centrais em Mato Grosso e Goiás foram buscados então, para propiciar o encontro com matrizes indígenas e a utilização de fibras naturais nos artefatos a serem criados. Paralelamente a essas ações, apresentou-se o projeto ao colegiado da Pós Graduação em Artes Visuais (PPGAV) da Escola de Belas Artes (EBA) da Universidade Federal da Bahia (UFBA), e ele foi aprovado como atividade de pesquisa e extensão do Grupo Matéria, Conceito e Memória em Poéticas Visuais Contemporâneas, credenciado pelo CNPq. Assim, o projeto foi se multiplicando e recebendo, gradativamente, o apoio de outros artistas, os quais foram denominados de co-curadores. Contou-se, essencialmente, com a colaboração da artista pernambucana Suzana Azevedo, que abraçou o projeto ainda em sua gênese, e da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Sob esta perspectiva, a proposta foi se formatando, com a aproximação de pares de objetos-afeto, observando-se, nessa junção, suas analogias ou seus antagonismos matérico-conceituais. Assim, cada obra foi encontrando seu par... A primeira mostra foi inaugurada no Ateliê do pátio do Goethe Institut, em Salvador, em 18 de novembro de 2005. No período de 15 de março a 26 de abril 2006, o projeto foi exposto na Galeria Capibaribe da UFPE. De 07 a 30 de junho, a exposição foi montada no Museu Théo Brandão da UFAL, e, em dezembro do mesmo ano, o projeto foi mostrado no espaço cultural Eugénie Villien, da Faculdade Santa Marcelina em São Paulo. Em 2007, por ter sido contemplado pela CAIXA Cultural de Salvador, o projeto retornou à Bahia, disposto em doze totens, distribuídos a partir de conceitos equivalentes aos meses do ano. Em 2008, o projeto integrou a XII FENART em João Pessoa e em 2009 seguirá para a UPV, Valencia (Espanha), posteriormente para UNISA, Pretória (África do Sul), e, paulatinamente, todos os integrantes do projeto estarão recebendo a identificação e a imagem do seu par, para que possam conhecer a identidade do outro que o altera (alteridade) e estabelecer possíveis diálogos... Dessa maneira, o projeto irá propiciar o encontro dos artistas, através da aproximação e do diálogo entre suas obras, possibilitando uma troca de “afetos” que transcende espaços e tempos... ...........................................VigaGordilho Concepção do projeto:
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